A tão debatida reforma tributária no Brasil está se desdobrando, prometendo uma reestruturação profunda do sistema de impostos do país. Após quatro meses de intensos debates, o deputado Aguinaldo Ribeiro apresentou um relatório detalhando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelecerá as bases da reforma tributária. Embora ainda sujeito a alterações, o texto propõe a simplificação e unificação dos tributos sobre o consumo, marcando o início da primeira fase desta ampla reforma.
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Extinção e unificação de tributos
A principal transformação delineada no relatório é a extinção de cinco impostos existentes. Estes incluem três tributos federais – o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) – além do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é administrado pelos estados, e o Imposto sobre Serviços (ISS), que é coletado pelos municípios.
Substituindo esses impostos, surgem dois novos – a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A CBS irá unificar o IPI, PIS e Cofins, enquanto o IBS irá consolidar o ICMS e o ISS. Esta reestruturação representa uma mudança paradigmática para um sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual. Aqui, a União definirá a alíquota da CBS, enquanto os estados e municípios estabelecerão a alíquota do IBS. Esta mudança também significa o fim da chamada “guerra fiscal”, uma vez que a nova estrutura exigirá uma alíquota única acordada entre os governos estaduais e as prefeituras.
Aprimorando a equidade fiscal
O relatório da reforma tributária também propõe a criação de um Fundo de Desenvolvimento Regional. Este fundo, inicialmente orçado em R$ 40 bilhões a partir de 2033, visa financiar projetos de desenvolvimento em estados mais pobres. Esta proposta, no entanto, gerou polêmica, com muitos governadores pedindo um aumento no valor do fundo para R$ 75 bilhões.
Além disso, o texto propõe alíquotas reduzidas para certos setores da economia, além de permitir a criação de um sistema de cashback, que devolveria uma parte do imposto pago. Essas propostas visam melhorar a equidade fiscal e garantir que a carga tributária seja distribuída de forma mais justa.
Imposto Seletivo e mudanças na tributação
Além disso, a proposta sugere a implementação de um Imposto Seletivo, que incidirá sobre a produção, comercialização ou importação de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Destinado principalmente a cigarros e bebidas alcoólicas, este imposto poderia ser estendido a alimentos e bebidas ricos em açúcar. Originalmente plane
A Transformação Tributária: Entendendo a Reforma Tributária Brasileira
Após quatro meses de intensas discussões e debates, o relatório da proposta de emenda à Constituição (PEC) que conduzirá a reforma tributária no Brasil foi finalmente apresentado. Esta proposta, prevista para votação na primeira semana de julho, busca simplificar e unificar os tributos sobre o consumo e representa apenas a primeira etapa de uma série de mudanças no sistema tributário do país.
A Nova Face dos Impostos
O aspecto mais marcante da reforma é a extinção de cinco tributos significativos: três federais, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelos estados, e o Imposto sobre Serviços (ISS), arrecadado pelos municípios. Os tributos federais que serão extintos são o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Em lugar desses tributos, serão estabelecidos dois novos impostos. A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) unificará o IPI, o PIS e o Cofins. Enquanto isso, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) irá consolidar o ICMS e o ISS. Esta inovadora abordagem de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual promete revolucionar a tributação no Brasil.
A Consequência das Mudanças
Estas mudanças não apenas simplificarão o sistema tributário, mas também acabarão com a guerra fiscal entre os estados. Como resultado, o governo criará um Fundo de Desenvolvimento Regional para financiar projetos de desenvolvimento em estados mais pobres. Este fundo, no entanto, é um dos principais pontos de controvérsia na reforma tributária, pois muitos governadores estão pedindo a ampliação do valor para R$ 75 bilhões.
A proposta também prevê alíquotas reduzidas para alguns setores da economia e abre margem para a criação de um sistema de cashback (devolução de parte do tributo pago). Além disso, ocorrerão mudanças na tributação sobre o patrimônio, com a introdução de impostos sobre meios de transporte de luxo e heranças.
Imposto Seletivo: Um Novo Conceito
Um elemento notável da reforma é o novo Imposto Seletivo. Trata-se de uma sobretaxa sobre a produção, comercialização ou importação de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Ele incidirá inicialmente sobre cigarros e bebidas alcoólicas, mas pode ser estendido a alimentos e bebidas ricos em açúcar. Originalmente, este imposto substituiria o IPI, mas acabou se tornando um imposto à parte. Parte da arrecadação deste imposto será usada para manter a Zona Franca de Manaus【11†source】.
Extinção de Tributos e Criação do IVA Dual
O ponto principal da reforma é a extinção de cinco tributos: três federais, um estadual e um municipal. Serão extintos o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS).
Em substituição, será criado um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, dividido em duas partes: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que unificará o IPI, o PIS e o Cofins; e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que unificará o ICMS e o ISS.
Mudanças Estruturais no Sistema Tributário
A reforma propõe alterações significativas no sistema tributário. Hoje, temos um modelo de cumulatividade parcial, onde alguns setores continuam pagando impostos em cascata, enquanto outros pagam por valor adicionado em cada etapa da cadeia produtiva. Com a proposta, a CBS e o IBS não incidirão em cascata em nenhuma fase da cadeia produtiva, resultando em uma não cumulatividade plena.
Outra mudança importante é a transição da cobrança de impostos da origem para o destino. Atualmente, mercadorias e serviços são tributados no local de produção. Com a reforma, serão tributados no local do consumo, acabando assim com a guerra fiscal entre os estados. Adicionalmente, haverá desoneração de exportações e investimentos, o que pode incentivar a economia.
Imposto Seletivo e Alíquotas do IBS
Um dos pontos mais interessantes da reforma é a criação de um Imposto Seletivo, que será uma sobretaxa sobre a produção, comercialização ou importação de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Ele incidirá sobre cigarros e bebidas alcoólicas, podendo ser estendido para alimentos e bebidas ricos em açúcar.
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